Com 24 velas! =)
quinta-feira, abril 22, 2010
quarta-feira, abril 14, 2010
Tu.
E agora os dias são cheios de coisas boas. Voltei a ser uma criança de sorriso na cara. Os dias são bons mesmo quando chove. Os jantares são bem acompanhados. E a sangria de champanhe costuma ser outra pessoa bem disposta à mesa. E as noites são intermináveis. Os dias em que não estás são longos e só me apetece dormir para o reencontro acontecer. As borboletas na barriga voam sem parar. As palavras sabem sempre melhor quando vêm de ti. E nem precisas falar. E perco-me nos olhares, no labirinto dos beijos, nos sorrisos sem medida. E o pôr-do-sol não é a trivialidade que julgaste. Eu cá nem vi o pôr-do-sol, só te via a ti. Os pacotes de açúcar dobrados a cada café. Os pacotes de açúcar que já não coloco debaixo da chávena, mas sim mais perto de ti, ou dentro da mala quando não estás. Uma ou outra mensagem lamechas. Os sorrisos perdidos na imensidão das horas. Os dragonetes, os piriquitos, o pokemon. Viva o Benfica, mesmo sendo do Sporting. Há coisas fantásticas não há? Ai que isto não é possível. Tu disseste que me ias roubar a alma sem eu perceber, e o coração se eu deixasse. Tu que ficavas calado a ouvir os disparates que eu dizia sem parar. Tu que não sabias o que dizer, e eu que também não sabendo o que dizer não me calava dois segundos, roubando sempre o teu tempo de antena. A Joana Vasconcelos e os sorrisos e cumplicidades que trocamos. A conversa no jardim das Oliveiras. Os cogumelos e as migas. O teatro. A peça que não percebemos mas por motivos que passam o encenador e se encerram num agradecimento sentido. Tu não sabes o que dizer, eu não me calo. Até que tu tomas a iniciativa e eu tento falar sem conseguir. Eu ponho a pata na poça, mas tu sabes o que irá acontecer. E acontece a cada dia que passa, de milhões de maneiras diferentes. E vais para longe. E todos os dias, por volta da mesma hora chega o pombo correio, uma mensagem em tempo de "guerra". Mas tu tas bem e eu estou feliz. Depois vêm as francesas e o cheiro a refogado e sinto pela primeira vez medo de perder. Isto significa que as coisas estão a andar. Para a frente. E eu de sorriso na cara a ouvir a tua voz. E sinto-te tanto a falta.
(...)
(...)
terça-feira, abril 13, 2010
terça-feira, abril 06, 2010
terça-feira, março 30, 2010
sábado, março 20, 2010
Sei lá. II
Se queres saber: saudades é isto.
Não vale a pena tentar salvar ninguém.
A saudade não nasce para ter fim, só interrupção.
Morte à solidão, solidão de morte.
Não é isto, mas podia ser.
Estar só de ti, talvez...
Somente uma presença solitária de dois ritmos cardiacos.
Se queres saber, saudades, uma imensidão completa.
Um abismo com fundo, onde a memória permanece,
como um filme, fotograma a fotograma, olhares, sorrisos, presenças...
Como uma pequena chama, um chamamento continuo
de alguém ou de algo, ou de alguma coisa.
Saudades...
Se queres saber, é um peso enorme no peito,
uma vontade de atravesar mundos e montanhas,
e chegar lá, no lugar certo, no momento mais exacto,
E saber que estás.
Sei lá...
Saudades é saber que existes bem perto e longe de mim.
Não vale a pena tentar salvar ninguém.
A saudade não nasce para ter fim, só interrupção.
Morte à solidão, solidão de morte.
Não é isto, mas podia ser.
Estar só de ti, talvez...
Somente uma presença solitária de dois ritmos cardiacos.
Se queres saber, saudades, uma imensidão completa.
Um abismo com fundo, onde a memória permanece,
como um filme, fotograma a fotograma, olhares, sorrisos, presenças...
Como uma pequena chama, um chamamento continuo
de alguém ou de algo, ou de alguma coisa.
Saudades...
Se queres saber, é um peso enorme no peito,
uma vontade de atravesar mundos e montanhas,
e chegar lá, no lugar certo, no momento mais exacto,
E saber que estás.
Sei lá...
Saudades é saber que existes bem perto e longe de mim.
segunda-feira, março 08, 2010
A resposta:
Os traços no rosto que pareciam familiares, as dúvidas e as certezas. Acontece.
E os olhares cruzam-se inocentemente recordando outros olhares e outras noites, que não esta. Um olhar que já vimos, uma noite que já vivemos e não sabemos bem. Acontece.
Quando a cumplicidade é uma arma apontada ao peito, quando as bocas não reconhecem as palavras, devolve-se o beijo desculpando-se o agradecimento de um momento maior do que outros. Acontece.
Os dias começam a não ter fim e as horas ficam suspensas no meio de pequenas multidões de um mundo que parece parar a cada momento que somos nós. Acontece.
Tu pensas e pensas porque queres controlar aquilo que vem a ti sem cessar. Eu falo, e falo porque quero silenciar uma voz que há dentro de mim. Acontece.
Procuro-lhe o nome, procuro uma explicação e encontro um mundo todo de respostas para ler devagar num novo amanhecer, num lugar distante, em qualquer lugar, onde possamos ver o pôr do sol. Não importa. Acontece.
Perante tudo , a resposta para Agora, e de todas as minhas manhãs: Sim, aceito!
Do Vale
E os olhares cruzam-se inocentemente recordando outros olhares e outras noites, que não esta. Um olhar que já vimos, uma noite que já vivemos e não sabemos bem. Acontece.
Quando a cumplicidade é uma arma apontada ao peito, quando as bocas não reconhecem as palavras, devolve-se o beijo desculpando-se o agradecimento de um momento maior do que outros. Acontece.
Os dias começam a não ter fim e as horas ficam suspensas no meio de pequenas multidões de um mundo que parece parar a cada momento que somos nós. Acontece.
Tu pensas e pensas porque queres controlar aquilo que vem a ti sem cessar. Eu falo, e falo porque quero silenciar uma voz que há dentro de mim. Acontece.
Procuro-lhe o nome, procuro uma explicação e encontro um mundo todo de respostas para ler devagar num novo amanhecer, num lugar distante, em qualquer lugar, onde possamos ver o pôr do sol. Não importa. Acontece.
Perante tudo , a resposta para Agora, e de todas as minhas manhãs: Sim, aceito!
Do Vale
sábado, fevereiro 27, 2010
Sei lá.
-Olha, para que saibas, pelo menos até à data... gosto de te falar contigo ou escrever contigo... ou "sei lá"...
- Eu adoro "sei lá contigo"!
-Mas olha, também não sei.
-Não sabes?
-Sei lá!...contigo...
-Sabes lá, mas comigo...
-Mas adoraria. Certo...
-Sabes lá não é?
-O quê?
-Não sei.
-Pois.
-Talvez...
-Talvez é um começo.
-Talvez. Talvez seja um começo.
-Sei lá...
-Não sabes?
-Não sei...sei lá!
-(ri-se) Não sei, mas adoro "sei lá" contigo...
- Tu nunca te calas...
sábado, fevereiro 20, 2010
O poema das três caras.
Quisera escrever um livro de imagens,
um livro cheio de raizes e mentiras do passado.
Uma materialização de sonhos infantis, guardados em
dezenas de cadernos impares com todas as primeiras
folhas em branco. O resto será história.
Quem me dera abrir uma cortina e vislumbrar
a plateia vazia. O pó e os encantamentos de ilusões.
Quisera eu procurar palavras arrastadas em linhas
de ensinamentos comuns acessiveis a todos, pudera eu
encontrar nos lugares comuns a todos, a verdade
de toda a minha razão. Eu não sou isto, eu não sou aquilo.
Mas isto, isto nunca será nada a não ser eu.
Um livro, uma palavra e um palco vazio.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
domingo, fevereiro 07, 2010
Diário de bordo de dias perdidos.
DIA 1
Sabes do que sinto mais falta?
Do ventre da minha mãe,
do calor,
do corpo suspenso,
das horas de embalo,
do laço que me prendia a ela,
de poder estar de pernas para o ar sem que o mundo todo me censure.
Sabes do que sinto mais falta?
Do ser e ainda não ser nada.
DIA 13,2/4
Quero sentir a terra tremer debaixo dos nossos passos perdidos.
DIA 37
Não devemos ter medo de decisões erradas. Elas não existem. Só há decisões e resultados, novas decisões e novos resultados. A vida escreve-se sem interrupções e sem dispersões do que seria mais certo. O que vivemos é o que temos mesmo que viver e aceitar, quem se lamenta perde tempo a tomar novas desições.
DIA 45
Ramboiage.
DIA 49,5
Doem-me as palavras todas,
as palavras mais sentidas,
as desabafadas sem mapa para encontrar destino.
E o balanço dos sentimentos a dar musicalidade
à poesia das ideias vãs,
que ninguém ousou agarrar.
O vôo rasante dos pés bem colados no chão e a
imaginação à beira do abismo incosnciente e sem voz.
Doem-me as palavras sufocadas por falta de ocasião,
e todo o sentido contido num vaso em forma de mulher.
Milhares de folhas de papel derramadas pelo chão,
sem sentido, proferidas por um pisar pesado por caminhos
que evitam a todo o custo literaturas estranhas e desajeitados modos de viver.
Doem-me as palavras na distracção de um suspiro que tento controlar
mas de onde escapa um animal algemado há muito.
Sabes do que sinto mais falta?
Do ventre da minha mãe,
do calor,
do corpo suspenso,
das horas de embalo,
do laço que me prendia a ela,
de poder estar de pernas para o ar sem que o mundo todo me censure.
Sabes do que sinto mais falta?
Do ser e ainda não ser nada.
DIA 13,2/4
Quero sentir a terra tremer debaixo dos nossos passos perdidos.
DIA 37
Não devemos ter medo de decisões erradas. Elas não existem. Só há decisões e resultados, novas decisões e novos resultados. A vida escreve-se sem interrupções e sem dispersões do que seria mais certo. O que vivemos é o que temos mesmo que viver e aceitar, quem se lamenta perde tempo a tomar novas desições.
DIA 45
Ramboiage.
DIA 49,5
Doem-me as palavras todas,
as palavras mais sentidas,
as desabafadas sem mapa para encontrar destino.
E o balanço dos sentimentos a dar musicalidade
à poesia das ideias vãs,
que ninguém ousou agarrar.
O vôo rasante dos pés bem colados no chão e a
imaginação à beira do abismo incosnciente e sem voz.
Doem-me as palavras sufocadas por falta de ocasião,
e todo o sentido contido num vaso em forma de mulher.
Milhares de folhas de papel derramadas pelo chão,
sem sentido, proferidas por um pisar pesado por caminhos
que evitam a todo o custo literaturas estranhas e desajeitados modos de viver.
Doem-me as palavras na distracção de um suspiro que tento controlar
mas de onde escapa um animal algemado há muito.
terça-feira, janeiro 26, 2010
Lembrar vs. Esquecer
O que eu gostava mesmo era de esquecer,
Lembrar-me do que sinto, é o meu maior defeito,
aquele que faz flutuar rostos e momentos,
aquele que me mastiga os dias inteiros de horas mortas.
E eu sigo em frente sempre a desviar o olhar para ver
o que ficou derramado lá atras,
sempre a tentar compreender o porquê de todas as coisas,
tentando entender os rumos que afastam as pessoas de mim,
pensando sem parar nos caminhos paralelos.
Ainda assim sei que este é o defeito que levarei uma vida a corrigir,
um esforço em vão e horas demais atrás de momentos
que nunca existiram, e que mesmo que o rumo fosse outro
nunca seriam possiveis de realizar nos rostos que ja vi sorrir tantas vezes.
E guardo memorias inuteis de momentos que nunca foram,
palavras lidas em ritmos poeticos outrora por declamar,
historias inteiras de linhas corridas que nunca existiram para eu lembrar.
Lembrar-me do que sinto, é o meu maior defeito,
aquele que faz flutuar rostos e momentos,
aquele que me mastiga os dias inteiros de horas mortas.
E eu sigo em frente sempre a desviar o olhar para ver
o que ficou derramado lá atras,
sempre a tentar compreender o porquê de todas as coisas,
tentando entender os rumos que afastam as pessoas de mim,
pensando sem parar nos caminhos paralelos.
Ainda assim sei que este é o defeito que levarei uma vida a corrigir,
um esforço em vão e horas demais atrás de momentos
que nunca existiram, e que mesmo que o rumo fosse outro
nunca seriam possiveis de realizar nos rostos que ja vi sorrir tantas vezes.
E guardo memorias inuteis de momentos que nunca foram,
palavras lidas em ritmos poeticos outrora por declamar,
historias inteiras de linhas corridas que nunca existiram para eu lembrar.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
quinta-feira, janeiro 07, 2010
terça-feira, janeiro 05, 2010
O ritmo.
Ponho os phones nos ouvidos, fecho os olhos e molho os labios.
Sinto a música a apoderar-se de mim e vou balançando o corpo. Começo discretamente a bater com os pés e a dar as ancas. Ri-o sem jeito a pensar que as ancas tem sempre de vacilar ao ritmo da minha vida, assim como os braços e as suas coreografias orientais que me entraram no sangue sem laço nenhum possivel. Vou balançando no ritmo certo dos acordes que alguém expressou para este efeito. Ponho a chave na ignição, e solto o meu corpo em andamento por ai. E passam por mim rostos, caminhos, lugares, luzes, outros ritmos. Sem nunca dispersar a minha mente deste adormecer singelo ainda que as palpebras estejam devidamente acordadas, dou uns acordes imaginários na guitarra que sempre viveu dentro de mim. O meu corpo é uma escola de música que fechou por falta de tempo, onde jazem um piano e uma guitarra. A guitarra ainda foi usada em acordes ao contrario e ainda teve oportunidade de viver desafinada, mas o piano permanece inerte à vida.
E a minha mente divaga por ai, na brisa de mais um dia frio com o sol quente a bater na cara, em mais uma febre nocturna que afecta milhões de nautivagos.
O meu corpo é o ritmo animado da vida, de mais um sorriso cheios de certezas, um ritmo em plena comunhao com quem eu sou de verdade.
Sinto a música a apoderar-se de mim e vou balançando o corpo. Começo discretamente a bater com os pés e a dar as ancas. Ri-o sem jeito a pensar que as ancas tem sempre de vacilar ao ritmo da minha vida, assim como os braços e as suas coreografias orientais que me entraram no sangue sem laço nenhum possivel. Vou balançando no ritmo certo dos acordes que alguém expressou para este efeito. Ponho a chave na ignição, e solto o meu corpo em andamento por ai. E passam por mim rostos, caminhos, lugares, luzes, outros ritmos. Sem nunca dispersar a minha mente deste adormecer singelo ainda que as palpebras estejam devidamente acordadas, dou uns acordes imaginários na guitarra que sempre viveu dentro de mim. O meu corpo é uma escola de música que fechou por falta de tempo, onde jazem um piano e uma guitarra. A guitarra ainda foi usada em acordes ao contrario e ainda teve oportunidade de viver desafinada, mas o piano permanece inerte à vida.
E a minha mente divaga por ai, na brisa de mais um dia frio com o sol quente a bater na cara, em mais uma febre nocturna que afecta milhões de nautivagos.
O meu corpo é o ritmo animado da vida, de mais um sorriso cheios de certezas, um ritmo em plena comunhao com quem eu sou de verdade.
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