tag:blogger.com,1999:blog-175759872024-03-13T19:32:55.598+00:00Lugares e Luares Meus"A arte nasce sempre de alguma paixão"
Fernando PessoaJoannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.comBlogger173125tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-30884209306586442172010-04-22T12:00:00.000+01:002010-04-22T12:01:17.465+01:00Eu queria um assim!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3bIsB9IYo7AoPPTtzBDsomjUmrCvM50N-R8B8UXNE_lSi427YB1e-_i2Xl0cSlE497do9XNnRbAamZg43e3A2Pfsy-lpX1vVDmVccpJCC30-btQFvtnN2CJZ6Nwp6ZGodS5qSEQ/s1600/CupcakeBirthday-thumb.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 267px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5462915158916931634" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3bIsB9IYo7AoPPTtzBDsomjUmrCvM50N-R8B8UXNE_lSi427YB1e-_i2Xl0cSlE497do9XNnRbAamZg43e3A2Pfsy-lpX1vVDmVccpJCC30-btQFvtnN2CJZ6Nwp6ZGodS5qSEQ/s400/CupcakeBirthday-thumb.jpg" /></a><br /><div>Com 24 velas! =)</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-70812878192189865322010-04-14T12:04:00.003+01:002010-04-14T14:18:39.830+01:00Tu.E agora os dias são cheios de coisas boas. Voltei a ser uma criança de sorriso na cara. Os dias são bons mesmo quando chove. Os jantares são bem acompanhados. E a sangria de champanhe costuma ser outra pessoa bem disposta à mesa. E as noites são intermináveis. Os dias em que não estás são longos e só me apetece dormir para o reencontro acontecer. As borboletas na barriga voam sem parar. As palavras sabem sempre melhor quando vêm de ti. E nem precisas falar. E perco-me nos olhares, no labirinto dos beijos, nos sorrisos sem medida. E o pôr-do-sol não é a trivialidade que julgaste. Eu cá nem vi o pôr-do-sol, só te via a ti. Os pacotes de açúcar dobrados a cada café. Os pacotes de açúcar que já não coloco debaixo da chávena, mas sim mais perto de ti, ou dentro da mala quando não estás. Uma ou outra mensagem lamechas. Os sorrisos perdidos na imensidão das horas. Os dragonetes, os piriquitos, o pokemon. Viva o Benfica, mesmo sendo do Sporting. Há coisas fantásticas não há? Ai que isto não é possível. Tu disseste que me ias roubar a alma sem eu perceber, e o coração se eu deixasse. Tu que ficavas calado a ouvir os disparates que eu dizia sem parar. Tu que não sabias o que dizer, e eu que também não sabendo o que dizer não me calava dois segundos, roubando sempre o teu tempo de antena. A Joana Vasconcelos e os sorrisos e cumplicidades que trocamos. A conversa no jardim das Oliveiras. Os cogumelos e as migas. O teatro. A peça que não percebemos mas por motivos que passam o encenador e se encerram num agradecimento sentido. Tu não sabes o que dizer, eu não me calo. Até que tu tomas a iniciativa e eu tento falar sem conseguir. Eu ponho a pata na poça, mas tu sabes o que irá acontecer. E acontece a cada dia que passa, de milhões de maneiras diferentes. E vais para longe. E todos os dias, por volta da mesma hora chega o pombo correio, uma mensagem em tempo de "guerra". Mas tu tas bem e eu estou feliz. Depois vêm as francesas e o cheiro a refogado e sinto pela primeira vez medo de perder. Isto significa que as coisas estão a andar. Para a frente. E eu de sorriso na cara a ouvir a tua voz. E sinto-te tanto a falta.<br />(...)Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-86327235317069332342010-04-13T16:28:00.002+01:002010-04-13T16:37:37.729+01:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB5XGK_GvmxEORY4B_LBu0WlHObZRx2XtPv4pOC1uvXYqibICjzORHBBR_h328OQgC-UYwm05oISorAlfKsC_7l43eywBigNK5ohmlQr8N-GAE3cSUQUOsxaG7IfZ6jOtqyc9fTQ/s1600/il_fullxfull_68245206.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 373px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459644891283501666" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB5XGK_GvmxEORY4B_LBu0WlHObZRx2XtPv4pOC1uvXYqibICjzORHBBR_h328OQgC-UYwm05oISorAlfKsC_7l43eywBigNK5ohmlQr8N-GAE3cSUQUOsxaG7IfZ6jOtqyc9fTQ/s400/il_fullxfull_68245206.jpg" /></a><br /><div>E toda a vida me disseram que um dia ia chegar o dia. Toda a vida esperei por um dia que não sabia. No entanto todo este tempo que vivi e esperei serviu para preparar o dia que iria chegar, sem que eu soubesse o porquê de haver "o dia".</div><div> </div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-74315668661163794362010-04-06T18:49:00.000+01:002010-04-06T18:52:11.478+01:00Sharing my life<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQELaUcrCbWBP5n5dBZv4Cefl_Sgk4siikmUj2QXVV-UPRKdInV1v03DK9Jc20n6zeNpwsDK_rcbYhHyp3dDcAHq2F5U2SaX8NYQXvhwcBQ3NYy8cwrRH-tgt-pPUh4E_oxlkryQ/s1600/tumblr_kwat0g41tK1qaejdzo1_500.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 394px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5457083553366354706" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQELaUcrCbWBP5n5dBZv4Cefl_Sgk4siikmUj2QXVV-UPRKdInV1v03DK9Jc20n6zeNpwsDK_rcbYhHyp3dDcAHq2F5U2SaX8NYQXvhwcBQ3NYy8cwrRH-tgt-pPUh4E_oxlkryQ/s400/tumblr_kwat0g41tK1qaejdzo1_500.jpg" /></a><br /><div></div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-31665429752755282052010-03-30T23:32:00.001+01:002010-03-30T23:34:49.569+01:00A perseguição das coisas boas.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS9Yzg-MSP265Ti8QcvK5INe5cWXOzop-r6ui6ipG3tbhrq9vrWdGW490SIeRQHfnKhUOphrh6LrqP5_lMqeYoYKLVx2Viljw1reaPMrJAAnOLyjYsSR0kuOUjJekoxCYiuWti9Q/s1600/tumblr_kzeaowG7nU1qzayv5o1_400.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 354px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5454558640084741554" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS9Yzg-MSP265Ti8QcvK5INe5cWXOzop-r6ui6ipG3tbhrq9vrWdGW490SIeRQHfnKhUOphrh6LrqP5_lMqeYoYKLVx2Viljw1reaPMrJAAnOLyjYsSR0kuOUjJekoxCYiuWti9Q/s400/tumblr_kzeaowG7nU1qzayv5o1_400.jpg" /></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><br /><div align="center"><strong>Ainda bem que chove só para mim.</strong><br /></div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-19657082560917599072010-03-20T02:08:00.002+00:002010-03-20T02:19:16.693+00:00Sei lá. IISe queres saber: saudades é isto.<br />Não vale a pena tentar salvar ninguém.<br />A saudade não nasce para ter fim, só interrupção.<br />Morte à solidão, solidão de morte.<br />Não é isto, mas podia ser.<br />Estar só de ti, talvez...<br />Somente uma presença solitária de dois ritmos cardiacos.<br />Se queres saber, saudades, uma imensidão completa.<br />Um abismo com fundo, onde a memória permanece,<br />como um filme, fotograma a fotograma, olhares, sorrisos, presenças...<br />Como uma pequena chama, um chamamento continuo<br />de alguém ou de algo, ou de alguma coisa.<br />Saudades...<br />Se queres saber, é um peso enorme no peito,<br />uma vontade de atravesar mundos e montanhas,<br />e chegar lá, no lugar certo, no momento mais exacto,<br />E saber que estás.<br />Sei lá...<br />Saudades é saber que existes bem perto e longe de mim.Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-27772129134839644372010-03-08T22:38:00.000+00:002010-03-08T22:41:08.208+00:00A resposta:Os traços no rosto que pareciam familiares, as dúvidas e as certezas. Acontece.<br />E os olhares cruzam-se inocentemente recordando outros olhares e outras noites, que não esta. Um olhar que já vimos, uma noite que já vivemos e não sabemos bem. Acontece.<br />Quando a cumplicidade é uma arma apontada ao peito, quando as bocas não reconhecem as palavras, devolve-se o beijo desculpando-se o agradecimento de um momento maior do que outros. Acontece.<br />Os dias começam a não ter fim e as horas ficam suspensas no meio de pequenas multidões de um mundo que parece parar a cada momento que somos nós. Acontece.<br />Tu pensas e pensas porque queres controlar aquilo que vem a ti sem cessar. Eu falo, e falo porque quero silenciar uma voz que há dentro de mim. Acontece.<br />Procuro-lhe o nome, procuro uma explicação e encontro um mundo todo de respostas para ler devagar num novo amanhecer, num lugar distante, em qualquer lugar, onde possamos ver o pôr do sol. Não importa. Acontece.<br />Perante tudo , a resposta para Agora, e de todas as minhas manhãs: Sim, aceito!<br /><br /><br />Do ValeJoannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-50672237810517751232010-02-27T19:05:00.002+00:002010-02-27T19:18:34.331+00:00Sei lá.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1-x3AsM_E5OunqNLPGeW9mYbM_2oh882CFlm0CoL0DDIcAuVvZrXpk1NcbTK6BMVmix9zv-JLaAkWCPGD0-5py8FVtA-AzkwTbaBoveswD0JM02SsJXEiK1kUuRf-FxDfE6mWow/s1600-h/fotografia.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 321px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5443001616256961314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1-x3AsM_E5OunqNLPGeW9mYbM_2oh882CFlm0CoL0DDIcAuVvZrXpk1NcbTK6BMVmix9zv-JLaAkWCPGD0-5py8FVtA-AzkwTbaBoveswD0JM02SsJXEiK1kUuRf-FxDfE6mWow/s400/fotografia.jpg" /></a><br /><div>-Olha, para que saibas, pelo menos até à data... gosto de te falar contigo ou escrever contigo... ou "sei lá"...</div><div>- Eu adoro "sei lá contigo"!</div><div>-Mas olha, também não sei.</div><div>-Não sabes?</div><div>-Sei lá!...contigo...</div><div>-Sabes lá, mas comigo...</div><div>-Mas adoraria. Certo...</div><div>-Sabes lá não é?</div><div>-O quê?</div><div>-Não sei.</div><div>-Pois.</div><div>-Talvez...</div><div>-Talvez é um começo.</div><div>-Talvez. Talvez seja um começo.</div><div>-Sei lá...</div><div>-Não sabes?</div><div>-Não sei...sei lá!</div><div>-(ri-se) Não sei, mas adoro "sei lá" contigo...</div><div>- Tu nunca te calas...</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-25469710984133453232010-02-20T15:33:00.004+00:002010-02-20T16:04:22.737+00:00O poema das três caras.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV6hkrUNuwKQQNIWl-SnAt5pZKAz-ayaQDuU7GUX21HzzhkfoahZFTpWo7mgrL4-leS3DVZ8mrRueBNEH6dbAR_D38E2foNW72o8qBCpNtis2wNgjN6mP-qxFVJKpbkNmg5CucIQ/s1600-h/DSC04846.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440351859432099570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV6hkrUNuwKQQNIWl-SnAt5pZKAz-ayaQDuU7GUX21HzzhkfoahZFTpWo7mgrL4-leS3DVZ8mrRueBNEH6dbAR_D38E2foNW72o8qBCpNtis2wNgjN6mP-qxFVJKpbkNmg5CucIQ/s400/DSC04846.JPG" /></a><br /><div>Quisera escrever um livro de imagens,</div><br /><div>um livro cheio de raizes e mentiras do passado.</div><br /><div>Uma materialização de sonhos infantis, guardados em</div><br /><div>dezenas de cadernos impares com todas as primeiras</div><br /><div>folhas em branco. O resto será história.</div><br /><div>Quem me dera abrir uma cortina e vislumbrar</div><br /><div>a plateia vazia. O pó e os encantamentos de ilusões.</div><br /><div>Quisera eu procurar palavras arrastadas em linhas </div><br /><div>de ensinamentos comuns acessiveis a todos, pudera eu</div><br /><div>encontrar nos lugares comuns a todos, a verdade </div><br /><div>de toda a minha razão. Eu não sou isto, eu não sou aquilo.</div><br /><div>Mas isto, isto nunca será nada a não ser eu.</div><br /><div>Um livro, uma palavra e um palco vazio.</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-91169080855506049112010-02-18T20:02:00.000+00:002010-02-18T20:04:31.632+00:00Porque tb de melodia se fazem os dias.<object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/G9ulurhU7CI&hl=pt_PT&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/G9ulurhU7CI&hl=pt_PT&fs=1&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-18298621409827269292010-02-07T22:07:00.002+00:002010-02-07T22:38:04.767+00:00Diário de bordo de dias perdidos.DIA 1<br />Sabes do que sinto mais falta?<br />Do ventre da minha mãe,<br />do calor,<br />do corpo suspenso,<br />das horas de embalo,<br />do laço que me prendia a ela,<br />de poder estar de pernas para o ar sem que o mundo todo me censure.<br />Sabes do que sinto mais falta?<br />Do ser e ainda não ser nada.<br /><br /><br />DIA 13,2/4<br />Quero sentir a terra tremer debaixo dos nossos passos perdidos.<br /><br /><br />DIA 37<br />Não devemos ter medo de decisões erradas. Elas não existem. Só há decisões e resultados, novas decisões e novos resultados. A vida escreve-se sem interrupções e sem dispersões do que seria mais certo. O que vivemos é o que temos mesmo que viver e aceitar, quem se lamenta perde tempo a tomar novas desições.<br /><br />DIA 45<br />Ramboiage.<br /><br />DIA 49,5<br />Doem-me as palavras todas,<br />as palavras mais sentidas,<br />as desabafadas sem mapa para encontrar destino.<br />E o balanço dos sentimentos a dar musicalidade<br /> à poesia das ideias vãs,<br />que ninguém ousou agarrar.<br />O vôo rasante dos pés bem colados no chão e a<br />imaginação à beira do abismo incosnciente e sem voz.<br />Doem-me as palavras sufocadas por falta de ocasião,<br />e todo o sentido contido num vaso em forma de mulher.<br />Milhares de folhas de papel derramadas pelo chão,<br />sem sentido, proferidas por um pisar pesado por caminhos<br />que evitam a todo o custo literaturas estranhas e desajeitados modos de viver.<br />Doem-me as palavras na distracção de um suspiro que tento controlar<br />mas de onde escapa um animal algemado há muito.Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-19622424389963247462010-01-26T21:36:00.004+00:002010-01-26T21:42:23.710+00:00Lembrar vs. EsquecerO que eu gostava mesmo era de esquecer,<br />Lembrar-me do que sinto, é o meu maior defeito,<br />aquele que faz flutuar rostos e momentos,<br />aquele que me mastiga os dias inteiros de horas mortas.<br />E eu sigo em frente sempre a desviar o olhar para ver<br />o que ficou derramado lá atras,<br />sempre a tentar compreender o porquê de todas as coisas,<br />tentando entender os rumos que afastam as pessoas de mim,<br />pensando sem parar nos caminhos paralelos.<br />Ainda assim sei que este é o defeito que levarei uma vida a corrigir,<br />um esforço em vão e horas demais atrás de momentos<br />que nunca existiram, e que mesmo que o rumo fosse outro<br />nunca seriam possiveis de realizar nos rostos que ja vi sorrir tantas vezes.<br />E guardo memorias inuteis de momentos que nunca foram,<br />palavras lidas em ritmos poeticos outrora por declamar,<br />historias inteiras de linhas corridas que nunca existiram para eu lembrar.Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-17142116105515764362010-01-14T22:25:00.003+00:002010-01-14T22:27:51.007+00:00Come Home<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhApGntO1-Sggrf0o4Txn-qrFILgvo0mnKe0vQm9tMPm-JGCx-VRR_d6jEWQ_rZYMlYe58svDm5ZjQgRuQzlRbcd6f8KXX9M4nE5aBGezUDI87qROCm_7ipR5p0icVIBZomLdUePg/s1600-h/beat+it.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; DISPLAY: block; HEIGHT: 75px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5426725653606895570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhApGntO1-Sggrf0o4Txn-qrFILgvo0mnKe0vQm9tMPm-JGCx-VRR_d6jEWQ_rZYMlYe58svDm5ZjQgRuQzlRbcd6f8KXX9M4nE5aBGezUDI87qROCm_7ipR5p0icVIBZomLdUePg/s400/beat+it.jpg" /></a><br /><div>Quando o amor bater à porta que venha sem avisar para me apanhar sem jeito e de vez.</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-73011162538184313572010-01-07T20:58:00.001+00:002010-01-07T21:00:14.926+00:00Um silêncio cheio de coisas.<blockquote><span style="font-family:trebuchet ms;"><em>E quando encontramos alguém que, eventualmente pode ser essa Pessoa?</em><br /></span></blockquote>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-83901566009416355972010-01-05T01:53:00.003+00:002010-01-05T02:06:43.299+00:00O ritmo.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3aEDBYYa40oVjgFeU8q3N80q7VReIIEqeiUAxGEFejMaz6UQ0FkZV63VKjPxgpX4TZ54hhjWKZFOSBqMJLLOIOMZgHHbxgHe943u4CyX0sY3LGsP1EneYB6PtKwl6J2SLxoRqDQ/s1600-h/DSC05517.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 400px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5423071135130188674" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3aEDBYYa40oVjgFeU8q3N80q7VReIIEqeiUAxGEFejMaz6UQ0FkZV63VKjPxgpX4TZ54hhjWKZFOSBqMJLLOIOMZgHHbxgHe943u4CyX0sY3LGsP1EneYB6PtKwl6J2SLxoRqDQ/s400/DSC05517.JPG" /></a><br /><div>Ponho os phones nos ouvidos, fecho os olhos e molho os labios.<br />Sinto a música a apoderar-se de mim e vou balançando o corpo. Começo discretamente a bater com os pés e a dar as ancas. Ri-o sem jeito a pensar que as ancas tem sempre de vacilar ao ritmo da minha vida, assim como os braços e as suas coreografias orientais que me entraram no sangue sem laço nenhum possivel. Vou balançando no ritmo certo dos acordes que alguém expressou para este efeito. Ponho a chave na ignição, e solto o meu corpo em andamento por ai. E passam por mim rostos, caminhos, lugares, luzes, outros ritmos. Sem nunca dispersar a minha mente deste adormecer singelo ainda que as palpebras estejam devidamente acordadas, dou uns acordes imaginários na guitarra que sempre viveu dentro de mim. O meu corpo é uma escola de música que fechou por falta de tempo, onde jazem um piano e uma guitarra. A guitarra ainda foi usada em acordes ao contrario e ainda teve oportunidade de viver desafinada, mas o piano permanece inerte à vida.<br />E a minha mente divaga por ai, na brisa de mais um dia frio com o sol quente a bater na cara, em mais uma febre nocturna que afecta milhões de nautivagos.<br />O meu corpo é o ritmo animado da vida, de mais um sorriso cheios de certezas, um ritmo em plena comunhao com quem eu sou de verdade.</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-19138253136965699882009-12-29T00:11:00.003+00:002009-12-29T00:53:54.792+00:00Ninguém é errado na sua vida.Já pensou na quantidade de pessoas diferentes com quem se relacionou? Estou a falar de relacionamentos que envolvem intimidade, que envolvem dar mais de si, mostrar aquilo que nem todos conhecem. Podemos até ter estado com apenas 2 pessoas na vida ou até com 153 e meio, mas todas elas são pessoas certas. Sim, agora que está a pensar no namorado da 4ª classe que tinha o nariz virado ao contrário, até esse foi certo na sua vida.<br />Já pensou em tudo aquilo que aprendeu com todas as pessoas que se cruzaram consigo? Por vezes nem precisamos de as conhecer bem para sabermos que estamos no presente, no meio daquela conversa que surgiu do nada a aprender uma grande lição. E por isso digo, todas as pessoas são certas na nossa vida. De certeza que houve pessoas que o/a fizeram sofrer todas as dores do mundo, pessoas que o/a fizeram sentir ridiculo, pequenino, que o menosprezaram, e pessoas que o amaram mais do que ninguém e nunca soube bem como retribuir esse amor. Há imensas histórias que viveu, que parecem não fazer sentido nem passado algum tempo, mas se virmos bem, aquela pessoa tinha uma função especial na sua vida.<br />Eu só posso falar de mim e das histórias que me rodeiam, mas tenho a certeza que ninguém foi erro na minha vida. Vivi o meu primeiro amor como se fosse a maior história do mundo, arrastei-a anos e mais anos, a ponto de passar a vida a acreditar numa coisa que já não tinha nada para ser como eu a tinha vivido há anos atrás. O certo é que quase 6 anos depois resolvi viver o grande amor de novo e ai comprovei que nada passa imune pelo tempo, muito menos uma vida. Depois vieram outras pessoas que me fizeram criar padrões do que era importante para mim em alguém para se ter ao lado, marcas de personalidade, gostos, pequenos gestos. O certo é que cada um há sua maneira me mostrou o seu mundo e acabou por alterar e amplificar a visão que tinha do meu. E hoje posso dizer que me conheço melhor, que sei prever as minhas reacções, que sei olhar para alguém e sentir se vale a pena arriscar.<br />Também veio á minha vida o principe encantado, que depois do primeiro amor parecia a maior tábua de salvação do mundo. Era tudo aquilo que eu podia ter imaginado: PERFEITO! ou não.... aprendi mais do que em 12 anos de vida em termos de humanidade. Os sonhos são sonhos, a realidade é diferente, mas não impossivel. Esta pessoa não me fez deixar de acreditar, colocou foi os meus pés no chão, e só tenho a agradecer por isso. Imaginem o que é brincar com Barbies toda a infancia e acreditar que aquelas roupas e aquele corpo eram relamente perfeitos: agora cresce é obesa e não tem roupa de Barbie. Foi este o meu sentimento nesta relação: gritava por socorro para ser eu acima de tudo e por poder ser real.<br />Confesso que gostaria de não ter passado por muita coisa, já vivi o suficiente para uma verdadeira novela mexicana, mas a verdade é que tudo me fez bem, mesmo as lágrimas, mesmo as confusões, as traições e outras coisas que tais. São as chamadas bençãos encobertas, parece que o mundo acaba (parece não, termina mesmo, a porta fecha e eu nasço de novo) que nada vale a pena, mas dali nasce um sentimento de continuidade mutação que é indispensável para seguir em frente. Pense com atenção em todas as pessoas que teve na vida e o/a fizeram passar por sentimentos mais complexos, tem a certeza que não aprendeu nada? É que se acha que não é porque ainda não teve oportunidade de compreender o que a vida lhe mostrou através de outra pessoa. Agora é certo, experiencias passadas a serem repetidas, são dores a dobrar, aquilo que se perde quando volta tem de ser novo, nada de sentimentos restaurados ou baseados em coisas que já aconteceram. Se aquilo que existe dentro de nós não sofrer mutações vai buscar magoas e sentimentos antigos mal esclarecidos ao primeiro esbarrar com a realidade. Mas não deixa de ser um acto de coragem, e se vivemos é para arriscar, eu não aprendi à primeira oportunidade mas fiquei bastante esclarecida à segunda.<br />Sou uma pessoa resolvida, com o sotão bem arrumado, uma pessoa com consciencia de si mesma e com a perfeita noção dos porquês do passado.<br />E sou uma pessoa bastante feliz. (agora só falta a pessoa realmente certa, real e genuina....talvez por ai...)Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-27777614048734539152009-12-21T18:23:00.004+00:002009-12-21T18:46:14.450+00:00Barulho da SolidãoQuase um sentimento.Nunca quis mostrar completamente o invisivel, somos mais do que um corpo, um pensamento, um gesto.<br />Na centena de toques colocados na mão do artista avistamos a obra pronta que nada nos significa- mas sentimos. Também o amor fruto de grandes artistas sádicos de uma sensibilidade exacerbada, é uma forma elementar de arte. E no amor despimo-nos completamente e sem vergonha a modo de sermos admirados pelo fascinio de um olhar. Aquilo que vemos é a verdade, o qu ouvimos dizer são apenas histórias, o que vivemos é o real e ninguém o vai sentir da mesma maneira.<br />Toda a arte tem um preço efémero cobrado pelo coração dos que sentem. O preço dos momentos expresso em sentimentos. Um preço dado a paixões que vem e vão sem parar, sem explicação aparente. Mas nada acontece por acaso.<br />A obra de arte tem o preço de um sorriso. O elemento básico da felicidade tem o preço impagavel de um momento inesquecível. Um momento para recordar no BARULHO DA SOLIDÃO, um momento que só a memória trará de volta, que num sem fim de manifestações nunca será igual. O amor nem quando é o mesmo será igual. Todos os dias os sentimentos são renovados, tal como os olhares sobre a obra eterna. A arte permanece, mesmo mudando o traço do artista. Será sempre uma forma de felicidade sem preço e nunca seremos culpados de gozarmos dela.<br />Mas o sorriso é um esboço sem nexo que alguém produz para nós num primeiro impulso, num acto irreflectido que foge de lá de dentro. Tão nosso que num pequeno instante somos inspiração para uma obra digna de museu. Há coisas tão particulares e tão sinceras , que certos momentos deviam ser emoldurados em museus- o Museu dos Sorrisos. Tal como há sentimentos que deviam ter nomes só nossos, mas houve alguém que inventou a palavra para os definir primeiro que nós. Ainda assim um sorriso será sempre uma forma de nudez da alma, e as palavras, essas, serão sempre palavras na boca de tanta gente. Antes da palavra, um sorriso será sempre um sorriso. Para as palavras existirão sempre os livros e as bibliotecas. Para os sorrisos como esse, existe agora o Museu dos Sorrisos. Porque há coisas que têm de ser guardadas em lugares especiais.<br /><br />Inauguro assim o Museu dos Sorrisos.<br /><br /><br /><br /><br />(Independentemente do que a vida quiser, já te guardei na minha galeria de sorrisos malandros)Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-60235864515333190752009-11-26T21:17:00.003+00:002009-11-26T21:52:41.795+00:00Lembrar para doer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQuLBqacYopOfbZg3dHQ21CqgU9wyKpuzEXCeKg5-1sACySVORWITuZBnD8-vL4XwE9K2BhZBqL1O0xGs4AN1cUO9suTXRybaSapIRvX1tbKxEo98QKLht9YYrh1OC7beufzO_kg/s1600/Arvore_de_Caracol_01.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408527879472696114" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 334px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQuLBqacYopOfbZg3dHQ21CqgU9wyKpuzEXCeKg5-1sACySVORWITuZBnD8-vL4XwE9K2BhZBqL1O0xGs4AN1cUO9suTXRybaSapIRvX1tbKxEo98QKLht9YYrh1OC7beufzO_kg/s400/Arvore_de_Caracol_01.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que aquilo que brilha lá fora é o Natal.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que aqueles que dormem na rua são na verdade os livres.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu</p><p>que as coisas que acontecem cá dentro não são mais que irreflexões dos sentidos.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que o barulho que se ouve na rua são na verdade passos ausentes.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que as caras conhecidas serão um dia rostos perdidos.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que o calor que aquece o tempo será o frio que me despe o corpo.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que as palavras penduradas no vazio nunca chegarão a ser Poesia.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>que as palavras são punhais apontadas ao meu peito.</p><p>Esqueço.</p><p>Eu.</p><p>aquilo que teimo em lembrar.</p>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-76380177026745400492009-11-25T22:34:00.002+00:002009-11-25T22:52:59.709+00:00Chuva de InvernoContinua a chover lá fora. Ainda não parou de chover hoje. Gostava que as coisas fossem diferentes. Não o tempo lá fora, que não é mais de uma extensão daquilo que sinto. Apetecia-me chorar desesperadamente, até secar tudo aquilo que existe cá dentro. De todas as dores que já fiz sentir, esta é a que me dói mais. Aquela que vejo doer mais.<br />Uma ferida sem corpo,<br />uma dor sem comprimento<br />e um espaço colossal entre as almas<br />um espaçamento entre duas pedras na calçada<br />um buraco suficientemente pequeno<br />e forçosamente grande para poder partir uma perna<br />e destruir uma pessoa inteira.<br />Nem por isso parou de chover. Da janela vejo lá fora as coisas molhadas, desfeitas e sem graça. Não dá vontade de sorrir é verdade. Ainda assim eu sei que faz parte do tudo. Depois dos erros, a reflexão e a limpeza. É por isso que choramos, não porque estamos tristes, nem magoados, nem mesmo porque sofremos, ou porque nos sentimos fracos, uns nadas. Choramos porque a alma precisa de ser limpa, de voltar a adquirir a nossa forma, de mostrar que nós não somos o ser amachucado e disforme em que nos tornaram, que somos mais. Mas custa sempre a tirar os vincos do linho, custa sempre imitar o traço das mãos do génio, custa sempre um dia de chuva sem parar. Mas ainda assim eu sei que um dia vai passar, que vai parar de doer, que as pessoas vão andar impecaveis de novo, com a alma nas costuras certas do corpo. Gostava de ver essas pessoas sem alinhavos já. Mas a vida ensina-me a ser paciente.<br />E chove. Até fazer sol.Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-44287465161092692009-11-20T17:01:00.002+00:002009-11-20T17:23:05.606+00:00Um chapéu para quem o quiser meter.-<strong>Pela boca morre o peixe</strong>.<br />Tantas vezes me disseste que eu me afastava e voltava a encostar quando precisava, frizando sempre que um dia não ficaria lá ninguém para me amparar a queda. Tantas vezes me disseste que era uma criança mimada viciada em sonhos, que não pensava, que me deixava levar demasiado pelo coração. E eu que sempre olhava para ti como se fosses uma força maior, alguém que pensa imenso e nunca vacila. Alguém que a vida crua tinha feito forte demais para um mundo que nem sempre tem a consistência certa. Eu admirava-te por isso: por não te deixares levar, por saberes que os sonhos acontecem com porporções certas, por teres sempre a palavra certa para cada momento. Ainda te conseguia admirar por saberes dar as belas das <em><strong><span style="font-size:130%;">chapadas sem mão</span></strong></em> como ninguém<em><strong>.</strong></em> Pelos olhares, pelas palavras, pelos gestos.<br />Um dia disseste-me que não podia partir e voltar quando quisesse. A presença sempre tão valiosa para ti. E eu ia-me deixando estar, partindo somente durante instantes para não estranhares a minha falta.<br />Sabes o que odiava mais no meio disto tudo? Quando <strong><em><span style="font-size:130%;">afincavas o silêncio por orgulho</span></em></strong> e esperavas que eu desse o braço a torcer. Eu sempre foi uma marioneta na mão de quem gostava.Quando em certas alturas te tornavas escuridão para quando eu procurasse de novo a tua luz, tu me apontares o foco para os olhos.<br />Isto faz-me lembrar os miudos pequenos que nas suas mil e uma brincadeiras têm a mania de dizer "Eu disse primeiro". Tu és o meu "disse primeiro", porque <strong><em><span style="font-size:130%;">a apressada pergunta, vagarosa resposta</span></em></strong> e eu sou tão tola que nunca tenho resposta certa para ti.<br />E tudo se fica por aqui.<br />Estou farta de não ter respostas ou de as ter curtas. Estou farta de não ser sentida porque há fartura. Estou farta de ser posta de parte porque pareço atrapalhar o que negas existir.<br />Não sei bem o que isto significa, mas tou farta de levar e nunca dar.<br /><br /><br /><strong><em><span style="font-size:130%;">As palavras voam, a escrita fica.</span></em></strong>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-74259577626054481462009-11-15T23:49:00.002+00:002009-11-16T00:05:59.245+00:00Abismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9C2oSINndcznfBB1PVc1ShHP3YWKn4DBhbeaTRETQqNoLIQXlFwyNsOzhzX3uo01F3It7BfZOjq1XyKJONv5PBS2IfbPNEOsE71aGQeZAeTItrg2U7OMbhfo0A7mGqd8lc_JiA/s1600-h/abismo.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404483436194850146" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 138px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9C2oSINndcznfBB1PVc1ShHP3YWKn4DBhbeaTRETQqNoLIQXlFwyNsOzhzX3uo01F3It7BfZOjq1XyKJONv5PBS2IfbPNEOsE71aGQeZAeTItrg2U7OMbhfo0A7mGqd8lc_JiA/s200/abismo.bmp" border="0" /></a><br /><div>Só mais um passo.</div><div>Só mais um.</div><div>Que eu preciso cair de novo.</div><div>Destruir a alma inteira de uma só vez.</div><div>E com a enorme dimensão da dor,</div><div>Deixar que seja mais eu,</div><div>Aquela que teima em rir quando chora.</div><div>Só mais um passo.</div><div>Só mais um.</div><div>Que a paisagem em frente,</div><div>Só esconde mais o abismo.</div><div>Resta pensar que será por amor.</div><div>Os efeitos secundários da poesia.</div><div>Abandono os poderes do dedo que adivinha.</div><div>Que o mundo não pára de girar.</div><div>Quando cair de novo,</div><div>Procurarei em ti uma mão para me agarrar.</div><div>Vá,</div><div>Só mais um passo.</div><div>S ó m a i s u m </div><div>d o i s t r ê s q u a t r o c i n c o e t e r n i d a d e.</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-41240911254755628232009-11-10T23:54:00.004+00:002009-11-11T00:05:07.316+00:00Eu pensei.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvjh7MW9kI2u8lrCyjDESKAzi_g-FEviKqtT14QE6t5WZnpy8HtnSIaKB-F1mQQ7d5T-w2LPMcWFCST9hL_I_XJSZzl_SNOrtOrJWBznq7pVpag2ggUBNgsCxoc5ClmD-qCmdUfA/s1600-h/DSC02733.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5402629854590650530" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvjh7MW9kI2u8lrCyjDESKAzi_g-FEviKqtT14QE6t5WZnpy8HtnSIaKB-F1mQQ7d5T-w2LPMcWFCST9hL_I_XJSZzl_SNOrtOrJWBznq7pVpag2ggUBNgsCxoc5ClmD-qCmdUfA/s200/DSC02733.JPG" border="0" /></a>E eu pensei, que quando te agarrei<br />com as duas mãos com toda a força<br />contida no meu corpo,<br />te tinha arrancado de vez da minha vida.<br />Eu pensei que nunca mais me ia lembrar,<br />nem mesmo quando ouvisse alguem na rua<br />a tocar guitarra e a cantar musicas de outros tempos,<br />nem mesmo quando passasse nas ruas que me falam,<br />nos sitios que fizeram sentido. Eu juro que pensei.<br />Mas nada cala o vazio que ficou a vacilar-me a fraca<br />estrutura, nada me fala mais do que as palavras que<br />ficaram ainda embrionarias dentro de ti.<br />Até mesmo quando algo palpita cá dentro iluminado por<br />outro rosto, eu pensei que era de vez, mas aquilo que os<br />meus olhos vêm é diferente do sorriso que o<br />meu coração percepciona.<br />Ainda assim, eu pensei.Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-67623267534150622852009-11-06T02:11:00.002+00:002009-11-06T02:13:36.868+00:00Continuidade.Há minha volta acontecem coisas. Coisas que nem sempre consigo entender, palavras que custam a ouvir e outras que custam mesmo a dizer. Ainda assim, tudo o que acontece acrescenta uma rotação nova ao mundo das coisas. E todos os dias, depois de ver e ouvir histórias que nem sempre entendo, consigo esboçar um sorriso e pensar que foi só mais um dia que passou.Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-60420165827698956102009-10-29T01:13:00.003+00:002009-10-29T01:21:07.614+00:00Eu sei.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm6Pp7e44HBnZxMORAmE_KjU0j5MOLrnYv2viUi8Hml5bmpnJpHM3FRHzjxAtdY2U8y71Blo1UidfFFVbsOYiqBgX57xezSmQPJ26vuvSGzA05NWUy_oc8YzC2RChvgDd6cj-enw/s1600-h/VladimirKush5.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397825432646580434" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgm6Pp7e44HBnZxMORAmE_KjU0j5MOLrnYv2viUi8Hml5bmpnJpHM3FRHzjxAtdY2U8y71Blo1UidfFFVbsOYiqBgX57xezSmQPJ26vuvSGzA05NWUy_oc8YzC2RChvgDd6cj-enw/s400/VladimirKush5.jpg" border="0" /></a><br /><div>E entre um dia e outro,</div><div>abanamos os braços a pedir ajudar,</div><div>pedimos respostas contra paredes brancas.</div><div>Fechamos os olhos e deixamo-nos levar,</div><div>pelos caminhos que nos levam a lado nenhum.</div><div>O amor não é um lugar,</div><div>uma tábua de salvação no meio do oceano,</div><div>o calor, o conforto e a maternidade.</div><div>O amor nunca foi nada disso.</div><div>Todos os dias, uma vibração,</div><div>um arrepio que se desconhece,</div><div>uma sensação de desconfiança ou até um deja-vu.</div><div>Não, o amor também não é isso.</div><div>Beijos, abraços, corpos nus desmanchados, </div><div>centenas de palavras alinhadas em verso,</div><div>o doce, o sorriso e a felicidade.</div><div>No amor não cabe nada,</div><div>o vazio, o não pensamento, a não mente.</div><div>O Amor é isto tudo, e não é nada.</div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-17575987.post-37135168306388025972009-10-25T18:48:00.004+00:002009-10-25T19:05:16.736+00:00Sentimento colossal<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR7ZTTTSGv8N7AnKq3Pn1roKDomkGtDYPCOinih-QQgNABVMlB2iUVs0Yqew1LSyPVKV01Fw2S9XnIILiYxPuJY5rhgcvXN3Lbl2VY5sLrzNfORI5D6AiOf2wwocssBIyUb1nkpw/s1600-h/Foto+da+ju025.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5396615246000246226" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR7ZTTTSGv8N7AnKq3Pn1roKDomkGtDYPCOinih-QQgNABVMlB2iUVs0Yqew1LSyPVKV01Fw2S9XnIILiYxPuJY5rhgcvXN3Lbl2VY5sLrzNfORI5D6AiOf2wwocssBIyUb1nkpw/s400/Foto+da+ju025.jpg" border="0" /></a><br /><div>Sustenho a respiração por instantes tentando controlar o impaciente bater do coração. De nada me vale agir de modo descontraido quando tudo à minha volta parece desabar. És tu. A tua presença discreta contrai-me todos os musculos do rosto num sorriso que mais ninguém consegue despir. Ainda assim faço-me de forte num momento em que muitas vezes não tive de fazer de nada. Com outras pessoas, sem sentimentos. Contigo as coisas descontrolam-se porque nao consigo deixar de ser eu, não consigo correr e vestir as máscaras, contigo as coisas acontecem no arrepio do toque na pele. És tu. Sempre foste só tu.</div><div>Depois de tantos anos a existirmos lado a lado, a música que bate nos nossos corações continua a ser a mesma melodia, os mesmos acordes, o mesmo ritmo. Se nos colocassem no meio de cinco milhões de pessoas a ouvir a mesma música, estariamos em lugares diferentes a agitar as mãos e os pés da mesma forma e chamariam-nos loucos. Nós rimo-nos. </div><div>Chama-se sentir àquilo que passa cá dentro e nos invade de uma força estranha. Chamam-lhe sentimento colossal e dizem que é impossivel na vida real, e por nos ter sido sempre impossivel é cada vez mais uma realidade nas nossas vidas. E ele existe, dentro de nós, como uma pequena chama que umas vezes cessa e outras tantas arde sem nada para queimar. E é esta a vida que nos oferecem, o conhecimento do sentimento maior, na impossibilidade de criar uma história real, de amor, daquelas dos livros das crianças.</div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div></div><br /><div align="right"><strong><em>[<span style="font-size:85%;">A sombra deste sentimento ainda faz frio e cócegas no coração.]</span></em></strong></div>Joannehttp://www.blogger.com/profile/12937233635228729013noreply@blogger.com4