terça-feira, janeiro 05, 2010

O ritmo.


Ponho os phones nos ouvidos, fecho os olhos e molho os labios.
Sinto a música a apoderar-se de mim e vou balançando o corpo. Começo discretamente a bater com os pés e a dar as ancas. Ri-o sem jeito a pensar que as ancas tem sempre de vacilar ao ritmo da minha vida, assim como os braços e as suas coreografias orientais que me entraram no sangue sem laço nenhum possivel. Vou balançando no ritmo certo dos acordes que alguém expressou para este efeito. Ponho a chave na ignição, e solto o meu corpo em andamento por ai. E passam por mim rostos, caminhos, lugares, luzes, outros ritmos. Sem nunca dispersar a minha mente deste adormecer singelo ainda que as palpebras estejam devidamente acordadas, dou uns acordes imaginários na guitarra que sempre viveu dentro de mim. O meu corpo é uma escola de música que fechou por falta de tempo, onde jazem um piano e uma guitarra. A guitarra ainda foi usada em acordes ao contrario e ainda teve oportunidade de viver desafinada, mas o piano permanece inerte à vida.
E a minha mente divaga por ai, na brisa de mais um dia frio com o sol quente a bater na cara, em mais uma febre nocturna que afecta milhões de nautivagos.
O meu corpo é o ritmo animado da vida, de mais um sorriso cheios de certezas, um ritmo em plena comunhao com quem eu sou de verdade.

1 comentário:

Sophie disse...

É precisamente isso: resoluções de ano novo.
Nem mais.

Já não me aguentava nas canetas... :)