terça-feira, outubro 14, 2008

O cantor melancólico.


No tumulto dos dias calmos
exploro o perimetro duvidoso dos teus gestos.
Procuro o instante em que vais ceder,
em que a corda, num dia de brincadeira
largará para sempre o que és, sem nós.
No cárcere dos dias furiosos
talvez encontre outro tu, outro eu
E um mundo diferente do outro,
Onde nos escondemos por de trás
de nós mesmos.
A ansiedade determina o vagar dos
ponteiros do relógio, e a cada
passo estamos mais perto de ver
o verdadeiro debaixo do nevoeiro nocturno.
A agitação do orgão mestre
e o incómodo da cadência determinada
de cada batimento indica a distância
de duas almas que não se encontram por
mais descobertas que estejam.

7 comentários:

Anónimo disse...

"Procuro e não te encontro..." era o que cantava em certa música o cantor melancólico por excelência chamado Tony de Matos. Mais um grande poema! Parabens, J.


abssinto

Sandro disse...

Prefiro acreditar que, se assim tiver de ser, por mais descobertas que estejam, essas 2 almas se encontrem sempre...

Beijos

Fipa disse...

assim ja o apanho melhor =)
lol
tb prefiro que se encontrem sp...pr mt dscobertas que tejam!ao menos é honesto =)

Anónimo disse...

some day, who knows...?;)

xistosa, josé torres disse...

A canção do cantador melancólico, que de cadenciada passará a aumentar o batimento quando os dois corpos se aproximam ao encontrarem-se, mesmo que o nevoeiro seja cerrado.

Joana disse...

O meu orgão preferido sem dúvida :)
E as tuas palavras todas têm as cores de Miró!





(Obrigado também pela atenção que tens para com as minhas palavras. De uma Joana para uma Joana :) )

R. disse...

porque raio a melancolia quando me sabe,me sabe sempre tão bem?

e está tão visível neste teu texto*