sexta-feira, outubro 24, 2008

João sempre foi um nome

João sempre foi um nome,
não sei se o teu.
Por momentos pareces ser,
uma outra pessoa possivelmente.
A escrita sempre foi uma paixão.
O amor dura sempre, para sempre
Até terminar.
Os anos, esses não contam.
Nunca te os contei.
Encontrei-te e perdi-te.
Que importa?
João sempre foi um nome
de alguém que conheço.
Outro alguém que não tu.
Nunca terás o nome,
se não for esse o teu rosto.
São as leis. As pessoas de
gravata no metro são
todas iguais e também
são sempre demais.
Mas tu não, João.
No dia em que descobrir o
teu nome, casaremos.
Numa cerimónia de mentira
- Eu Joana aceito...
e no teu lugar verei
a vela arriada
com medo de nunca encontrar
o porto de abrigo mais proximo.
E que importa?
João é apenas um nome.

7 comentários:

Abssinto disse...

É isso, resiste e avança.

bj

Joaolsd disse...

João sem nome. o corpo paradoxal inserido no espaço paradoxal. (Em pontos diferentes do espaço vive-se o mesmo tempo?)
duração fora do tempo.
escala molecular na dimensão do real, não representável, pequenas percepções semióticas, infímas, imperceptíveis, mostram todo o passado e todo o futuro e desembocam no vazio.
Abrir uma fenda: encontrar ritmo próprio.
dancemos no mundo.

Sandro disse...

João é apenas um nome, e o casamento apenas mais uma dança...
Mas há nomes que ficam, e danças que duram uma vida!

R. disse...

João é o nome dos dois homens da minha vida.João,para mim,é um nome de sangue.

:)

(e está fabuloso,o que escreveste)

Anónimo disse...

eu kero sero o joão da joana

susana disse...

Com quantos "Joões" nos cruzaremos mais, sem nunca lhes sabermos os nomes?

telma disse...

waw, está fantástico Joana :)
todas nós temos o nosso João. *