O suicídio das palavras que se equilibram vertiginosamente,
que tentam saltar sem olhar para a linha de baixo
acabando por destruir as outras que não são melhores,
que são o fim do poema.
Não consideram digno ser as primeiras, as palavras
a imagem rabiscada de trás para a frente.
Significado,
as palavras morrem para ganharem das minhas mãos
a vida perpétua.
Uma condenação justa num poema sentido.
Escravas de tinta negra que nasce na ponta da caneta,
enrolando-se em linhas horizontais,
infinito,
trabalhadas com rigor em cima de um papel qualquer,
carregando nas costas ideias que ficaram na cabeça, nos restos do embrião,
A mãe literatura é igual à mãe natureza.
Um poema é a palavra condenada à imensidão.
A poesia acalma a dor.
[das palavras]
2 comentários:
Um poema vibrante e repleto de significados.
Às vezes as palavras tomam uma vida própria e estranha em nós.
Um beijo
por vezes não ocnsigo entender muito bem os teus poemas mas até gosto de algumas partes :p
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