segunda-feira, maio 26, 2008

Julgamento das palavras. Acusação das pessoas.

Escondidas atrás das palavras andam as pessoas que não têm rostos. No dobrar das letras sobre as superficies várias, as pessoas vão desenham os contornos ideiais. As linhas perfeitas nem sempre são aquilo que nelas vemos. A mesma palavra pode ser lida da mesma maneira e entendida de dez maneiras diferentes. Dez mil maneiras onde se incluem outras dez mil palavras. Uma palavra julgada não é uma palavra acusada, até porque todas as minhas palavras aqui não te vão causar qualquer sensação a não ser estranheza e, essa é só uma palavra para um texto inteiro.
Tento compreender os significados, faço o esforço para entender o que me querem dizer. Nesse esforço encontro outras palavras em tom de julgamento. As palavras julgam-se umas às outras. As pessoas não tem esse direito. É por isso que nem sempre nos compreendemos, é por isso que muitas vezes vemos o mal e não o conseguimos resolver, o mal está nas palavras. As pessoas limitam-se a usa-las em vão.


"Pode ser que ela assim perceba." = "Quem não se entrega às palavras não faz a digestão dos meus poemas."

5 comentários:

mari (a)penas... disse...

As palavras julgam-se umas às outras e as pessoas também se julgam e injustamente julgam as palavras.

A ti não te julgo, limito-me a apreciar a forma como tão bem usas as palavras que tens "à mão".
Gosto de estar aqui...

Bjinho

Fipa disse...

a estranhesa tocou-me msm que n fosse pra tocar...
as palavras n foram feitas pra serem armas. =)*

susana disse...

Leiam nas entrelinhas ou leiam apenas e só o que se escreve. Mas leiam, não finjam, não se limitem a olhar.

Já tivémos esta conversa. As palavras têm vida própria.

Anónimo disse...

“A palavra, como se sabe, é um ser vivo”, disse o escritor Victor Hugo.
Gostei deste lugar teu,que não é mais um lugar-comum.*

Nómada...

telma disse...

mas tu usa-las tão bem **