quarta-feira, maio 28, 2008

Comunhão.


As nuvens brancas que sobem pelo tubo da minha caneta
invertem o nascimento da escrita.
São terra que se desfaz nas mãos com o calor.
A terra misturada na erva. Qualquer uma. Palha. Seca.
E é nessa brisa que nasce do nevoeiro nocturno
que encontro o teu olhar atento. Apatico.
Os olhos estão escondidos dentro da cabeça e
observam somente ideias vagas.
A natureza alheia-nos dos problemas do mundo
e faz-nos sentir demais. O amor.
Num instante de maior lucidez vemos restos
de terra sobre a linha do destino e do coração.
Sentimos o odor do corpo a queimar.
Em plena comunhão sorrimos sem conseguirmos pensar,
na escrita manipulada pela natureza.

2 comentários:

Fipa disse...

n consigo escreer quando tou nessa comunhao xD lol tb nunca me lembrei de tentar,m duvido que saia algo de jeito hihi

Laura Ferreira disse...

entendo a tua escrita...