E se no final, tu fosses a resposta?
Às minhas preces sem religião, às preces pouco
devotas de quem parece não acreditar
em mais nada.
Não fui feita para acreditar, também não desconfio, apenas
questiono.
Se eu não questionar, tu nunca serás a minha resposta.
Quando a luz diminuir e tapar as cores da nossa vista
os braços procurarão o caminho. Os nossos braços serão
os nossos olhos das sensações sem cores,
tocarão sentimentos incolores com as mãos.
Quando falatarem cores e texturas aos sentimentos,
quando deixarmos de acreditar nas preces,
teremos de aprender a viver outra vez,
para sentirmos de novo, de todas as maneiras.
E será sempre a mesma história, a mesma descoberta
sem percebermos bem o porquê. Somente para voltar a questionar.
No final, qual será a minha resposta?