terça-feira, junho 19, 2007

[por momentos]


faziamos amor quando os dias ficavam compridos
quando o relógio se arrastava na cadência exacta
para os planetas se espalharem fora do universo.
choravamos nos braços um do outro enquanto
o nosso corpo se quebrava.
tínhamos aquilo que ninguém deve ter de alguém, Pena.
E choravamos. Por não encontrarmos o corpo pretendido,
por não encontrarmos os significados das palavras que
escrevemos em cima da cama. Nas linhas irregulares das nossas
sombras.
somos um só [por momentos] não somos mais nada. e
somos tão pouco, por sermos dois, num corpo só.

11 comentários:

Agharti disse...

Lindissimo.
Parabéns

susana disse...

Poderemos sempre andar para fora do corpo, quando a pena é de nós por nós, por sermos o corpo fácil quando existe um corpo impossível (possível e tão mais fácil).
[Este era o comentário ao texto, com o qual me relacionei peculiarmente.]
xi-coração

Aestranha disse...

O coração apertou aqui...

Beijo

Lord of Erewhon disse...

Bom.

mari (a)penas... disse...

Nem sempre fazer sexo significa fazer amor... Pelo menos para mim.

Gostei muito do texto! Está muito bem escrito!

E agradeço a visita, pedindo desculpa pela falta de tempo...

Bjinho enorme***

o monstro disse...

estou a pensar em masturbação..

mas queria deixar um comentario decente..

lol

beijo

o alquimista disse...

Somos tanto por breves momentos, tão pouco nesta vida...neste mar imenso...


Doce beijo

Letras de Babel disse...

Ter pena de não é, afinal, sentimento a desprezar...

delusions disse...

momentos que acontecem vezes de mais e que chamam erradamente, fazer amor, ou talvez seja correcto se olharmos as intenções dos corpos que se queriam perder no amor.
sem mais palavras...adorei!

Bjinho* boa semana

s. disse...

desapareceram inumeros posts ou é problema do meu browser?

Indie-Go! disse...

ai mt obrigado pela honra de me ofertar 1 dos seus comentarios no meu blog.sinto-me honorado :D