domingo, junho 10, 2007

Nas tardes em que nos caiam folhas sobre a cabeça, e que
nos nossos corpos jazia uma calma imensa, deixávamos
de pensar para somente sorrir.
As nossas mãos tocavam-se pelas sombras, só ai
era permitido partilhar. Silêncio com amor.
Tinha os meus cabelos sobre o verde, e tu tinhas os teus
nas minhas mãos. enquanto descansavas parte do teu corpo,
sobre o meu.
No jogo das sombras houve um toque entre nós, quando jogamos
na sombra falamos verdade.
As tardes em que fomos felizes debaixo da árvore, colaram sorrisos
provisórios na minha solidão. Era verdade e mentira na mesma hora. Riamos
dos sonhos possíveis e acreditávamos com força para acontecer o que era impossível.
Debaixo da árvore ficou a sombra do meu coração, silêncio
e um pouco de atenção.

4 comentários:

nuno albuquerque vaz disse...

e os frutos de baixo da terra?
de que se alimenta a raiz que te dá sombra?

Aestranha disse...

Quando aqui entro parece-me que estou num parque ao fim da tarde... Uma viagem doce e melancólica... Obrigada!

Indie-Go! disse...

quando aqui entro parece-me que estou num submundo alternativo com o céu fluroscente e estrelas cadentes que eventualmente vão pairar no mar habitado por javalis com barbatanas e éguas nanadoras,ah pera..nao..tou sob o efeito do lsd. ah pah.. :P

delusions disse...

"Nas tardes em que nos caiam folhas sobre a cabeça, e que
nos nossos corpos jazia uma calma imensa, deixávamos
de pensar para somente sorrir.
As nossas mãos tocavam-se pelas sombras, só ai
era permitido partilhar. Silêncio com amor."

lindo o texto... quase que vejo o jogo de luzes nas árvores e as sombras no chão. respiro a serenidade e o amor que está a colorir todo este "quadro". quando a escrita conta histórias assim é fantástico. parabéns

bjinho* boa semana