Sento-me à sombra da minha nostalgia mórbida, abraço-me a mim mesma formando o nó mais duro da realidade- eu mesma.
Os mortos andam depressa, eu corro com o peso do tédio, com o pó dos dias a fugir de mim, patético de medo. Vou-me cristalizando na sombra, num estado de efevercência, numa resolução organica e harmoniosa de todos os fardos sem peso físico. Nada se resolve, tudo se mantem, sou uma pedra nostalgica, dura, fria, morta. Não sinto. Tudo me atinge e apenas se ve, não existe acto reflexo dentro de mim. Os mortos correm depressa, as pedras não sentem.
5 comentários:
"sou uma pedra nostalgica, dura, fria, morta. Não sinto."
Muito bom post! :D
Vale sempre a pena passar por aqui...
Sacode o pó e o peso do tédio. Começa a aproveitar os dias!! Carpe Diem !
Beijos,
tudo é vida.
(e quem disse que as pedras não sentem?)
tudo. até a morte, que é o fim dela....
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bjs
"Stones taught me to fly
Love taught me to lie
Life taught me to die"
(Damien Rice, cannonball)
As pedras sentem, sabem, aprendem e ensinam. Até a voar.
Bjs
A Jeliza-Rose, no Tideland, dir-te-ia que na verdade os mortos correm devagar.
O desafio da estagnação é a luta...
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