E entre um dia e outro,
abanamos os braços a pedir ajudar,
pedimos respostas contra paredes brancas.
Fechamos os olhos e deixamo-nos levar,
pelos caminhos que nos levam a lado nenhum.
O amor não é um lugar,
uma tábua de salvação no meio do oceano,
o calor, o conforto e a maternidade.
O amor nunca foi nada disso.
Todos os dias, uma vibração,
um arrepio que se desconhece,
uma sensação de desconfiança ou até um deja-vu.
Não, o amor também não é isso.
Beijos, abraços, corpos nus desmanchados,
centenas de palavras alinhadas em verso,
o doce, o sorriso e a felicidade.
No amor não cabe nada,
o vazio, o não pensamento, a não mente.
O Amor é isto tudo, e não é nada.